CEUTA, ESPANHA
Pouco se sabe do que há em Ceuta, ou em El Penón, como lhe chamam no país vizinho. Estrategicamente situada como torre de vigia entre o oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo, no apertado estreito de Gibraltar, a península de Ceuta é, na realidade, uma ilha, unida ao continente africano por duas pontes.
Mas o chamado EI Penón que, junto com Melilla se manteve como soberania espanhola em África, é sobretudo, uma região entre quatro culturas - dois continentes: África e Europa; e dois mares: o Atlântico e o Mediterrâneo- que começa a dar que falar como destino turístico de praia, sol e descanso. Nos seus 20km de costa não faltam praias, e com a vantagem de se poder escolher entre as ondas batidas das que estão a Oeste, e o mar calmo das que ficam a Leste. De resto é só relaxar e tirar bom partido dos 300 dias de sol que este "corno" de África goza por ano.
O contraste entre as tradições dos milhares de marroquinos que aqui vivem há três ou quatro gerações e os arraigados costumes espanhóis desta região autónoma também tornam Ceuta num destino curioso. E depois está o Parque dei Mediterrâneo, obra de Cesar Manrique (criador dos famosos Jameos dei Água de Lanzarote) que, usando a natureza como principal protagonista, fez um parque de desporto, lazer e diversões onde apetece ficar para sempre.
Os mergulhadores tem profundezas para explorar e quem gosta de história e de ver "pedregulhos" também não vai ficar desapontado. Depois de passarem por lá os fenícios, gregos, cartagineses e romanos, entre outros povos, Ceuta foi conquistada pelos portugueses. Em 1415, sob o reinado de D. João I, com uma breve batalha arrebataram o território aos mouros. Mas em 1581, o rei D. Sebastião desapareceu sem deixar herdeiros, e o território passou para as mãos de Felipe 11 acabando por ficar sob domínio espanhol.
Ainda se encontram, porém, vestígios como a Rua Camões, o escudo das quinas na bandeira da cidade e a adorada Virgem de África.
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