sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Bolívia - O Tibete das Américas


Bolívia - O Tibete americano







Nos guias da Lonely Planet, a Bolívia aparece frequentemente apelidada de "Tibete das Américas", devendo-se a nomeação ao facto de este ser, sem dúvida, o país com os cenários mais pitorescos e a vida selvagem mais variada de toda a América do Sul, encaixado entre o Peru, o Paraguai, a Argentina, o Brasil e o Chile.






A partir da cidade de Santa Cruz de la Sierra e seguindo para leste, pela outra margem do rio Grande, percorre-se o circuito das Missões Jesuítas, cujas origens remontam ao período entre 1696 e 1760.





Declaradas Património da Humanidade pela UNESCO em Dezembro de 1990, as missões que constituem o circuito são San Javier, San Ramón, San Ignacio, Concepción, San Rafael, Santa Ana e San José de Chiquitos.






O clima




Localizada a uma altitude de 416 metros acima do nível do mar, Santa Cruz tem um clima solarengo e semi tropical, com uma temperatura média de 21 graus centígrados no Inverno e 32º no Verão. Durante o Inverno a chuva assume quase sempre a forma de aguaceiros; em contra partida, nos meses de Verão qualquer precipitação é passível de durar horas e até dias a fio.



Nesta região também se fazem sentir os ventos fortes e gelados, chamados surazos, que chegam das pampas argentinas.





Santa Cruz de la Sierra





Para além de constituir ponto de partida (e de chegada) do Circuito das Missões Jesuítas, Santa Cruz de la Sierra tem outras atracções que merecem ser visitadas. As margens do rio Piraí, por exemplo, oferecem o cenário perfeito para um piquenique.



O Jardim Zoológico Municipal é um dos melhores de toda a América do Sul, reunindo uma impressionante amostra de aves, répteis e mamíferos da região, assim como espécies protegidas e exóticas. Para descontrair, nada como a Plaza 24 de Septiembre, de onde se pode admirar a Catedral, datada dos princípios do século XVI, cujo museu apresenta arte sacra e artefactos de ouro e de prata provenientes das missões Jesuítas.



No Museu de História Natural é possível apreender a riqueza da flora e da fauna locais. A 16 quilómetros a sul da cidade, as Lomas de Arena de El Palmar dunas gigantes e lagoas naturais de água límpida convidam a momentos de lazer. Existem ainda dois pontos de interesse que podem despertar a atenção dos visitantes e que merecem bem a visita, apesar de se encontrarem já a distâncias consideráveis de Santa Cruz.






Um deles é o Forte de Samaipata, a 120 quilómetros para sudoeste, igualmente qualificado como Património da Humanidade pela UNESCO, e que consiste numa completa ruína inca com cerca de 40 hectares. O outro, a uns 440 quilómetros a nordeste de Santa Cruz, é o Parque Nacional Noel Kempff Mercado.





Neste caso, pode-se dizer que o merecimento da deslocação é inversamente proporcional à distância a percorrer para lá chegar. Isto porque este parque é verdadeiramente espectacular, com uma inacreditável paisagem com posta por cascatas, rios, florestas tropicais e uma variedade inumerável de flora e fauna esta última contando com, por exemplo, golfinhos cor-de-rosa e macacos-aranhas.


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