quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Islândia: calor e gelo de braços dados




Islândia



Com a forma de uma enorme meseta que tem uma altitude média de 500 metros, a ilha é a base física do país. O território é de origem vulcânica. Falhas quaternárias e a acção dos gelos moldaram o relevo e os numerosos fiordes que recortam a costa. Uma cadeia montanhosa, onde nascem os principais rios, atravessa a ilha de leste para oeste. A natureza vulcânica marca uma boa parte da vida económica e social do país, pois os vulcões e os géisers são fontes de energia e atracções turísticas.




Vários dos vulcões estão em actividade, sendo os mais importantes o Hekla (1477 metros) e o Laki, que é o vulcão linear mais longo do mundo, com 25 quilómetros de comprimento e mais de cem crateras. As erupções registam-se sob uma espessa camada de água congelada, o que provoca degelos muito volumosos. Por outro lado, na ilha há 250 zonas geotermais com mais de 800 fontes com a forma de poços de vapor ou de géisers. Entre estes, o maior é o Deildartun Guhver, que lança um jacto de 2oo litros de água a ferver por segundo. Além disso, a Islândia conta com numerosos lagos e com rios não navegáveis devido às correntes rápidas e às suas muitas cascatas. O rio mais comprido do país é o Pjorsá (230 quilómetros).







Vegetação e clima





Só uma quarta parte da superfície da Islândia apresenta uma camada contínua de vegetação; contra ela conspiram durante séculos o clima, a actividade vulcânica, os glaciares e a pastorícia. Grandes florestas de bétulas foram objecto de corte indiscriminado, se bem que, agora o Governo tenha reservado zonas para a reflorestação com coníferas.





A restante vegetação é própria da zona subárctica: ervas de consistência dura, musgos e líquenes, embora uma boa parte do país seja constituída por lameiros e grandes extensões de rocha vulcânica nua. No que se refere ao clima, distinguem-se duas zonas. A setentrional, sob a influência das correntes árcticas, está sujeita a um regime térmico rigoroso. Em contrapartida, a zona meridional, onde as precipitações são mais abundantes, beneficia da corrente do Golfo e o clima oferece algumas gradações oceânicas.





Agricultura






A agricultura islandesa é muito condicionada pelo clima. As principais culturas são batatas e cereais, que servem para a alimentação humana e para a produção de feno e de rações destinados ao gado bovino. Existem também algumas estufas dedicadas à produção de hortaliças. Mas a actividade mais importante do sector primário, base da economia da ilha, é a pesca. As principais capturas são o bacalhau, arenque, badejo e pescada. Nas águas interiores há salmões e trutas.





Indústria







O processamento da pesca é a base da indústria islandesa. O congelamento para exportação e o fabrico de derivados como óleos, farinhas e adubos ocupam 12% da mão-de-obra do país. A Islândia encontra-se muito dependente dos preços internacionais do peixe, factor que foi decisivo para adiar a sua entrada na União Europeia. A obtenção de energia das águas termais, que serve para aquecimento e produção de electricidade, constitui a segunda indústria do país.





População








Com um nível de vida elevado e quase sem desigualdades sociais, o povo islandês descende de antigos colonos escandinavos, escoceses e irlandeses. A densidade populacional é das mais baixas da Europa, além do que os habitantes se encontram distribuídos de maneira muito irregular, com grandes áreas praticamente desabitadas. O idioma oficial é o islandês, nascido da mistura das línguas dos colonizadores, embora a maioria fale inglês e dinamarquês. A principal religião é a luterana (cerca de 90% da população); o credo católico e os outros protestantes não chegam a representar 2% dos fiéis.


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